sábado, 11 de outubro de 2008

Céu de chumbo

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Ecoam os sinos do igrejário
num dos derradeiros dias
de Branha Velha sem beirarruas

e levam-te à vidinha cativa
que veu da morte dos teus.

Cada erva do cemitério
coberta deste céu de chumbo,
cada verme que há levar a tona dos meus ossos.

Este é o vento que ispe as cousas
do seu cobertor de vida.

1 comentário:

albagal disse...

Demostra moito sentimento!

As persoas que son o ceo, son as que se decatan das cousas importantes.

Perdoa, xa sei que non gostas da RAG, hehe :P