quinta-feira, 1 de novembro de 2007

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Leva-me da mao
àquele Bertamiráns dos últimos oitenta,
àquele lameiro.
Nom me traias a esta Máfia queima-tudo;
aos pára-quedas de fósforo branco
a se projectarem, macabros,sobre a floresta que hoje é preta,
que nom é.
Charamuscas:
minúsculos soldados do oligarca,
fascismo aceso,
partículas do massacre.
Nom podemos mais que
gomitar o nosso amor por estes montes;
pola delicadeza das hedras a rubir
polo carvalho que agroma do penedo
da lontra, da píntega do demo,
da estadea, da morte e do ar bieito
que projectam sobre nós estes loureiros.

(de Estadea)

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