quinta-feira, 1 de novembro de 2007

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Ficou só
a olhar-se de um astro longínquo
engurrado e pequerrecho;
um grao de bico,
umha bincha de coiro reseso.
Do mesmo cerne
medido por compás
até a derradeira culherada de choiva.
Enxergou um ouveio
ao longo da pele de um pé;
um tremor cósmico,
talvez o pálpito do signo.
E ela
ao mesmo tempo no centroe no gravanço
(unidos ambos por um eixo imaginário)
transcreveu mensagens
que circulavam polas lombas
sem se misturarem.
Alviscou Barents e mais Bering,
baixou a um mar
-nom sei se Mármara ou Aral-
e decatou-se.
Existe
um corpúsculo ambulante
aceso. Nalgures,
com essa incandescência,
a transitar o vieiro que vertebra a Serra.
Só ele é que nos amosa
o mar de nuvens
e a neve nas umbrias dos cumes
quando é de noite
e ninguém a vê.

(De Estadea)

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