quinta-feira, 1 de novembro de 2007
Monicreques Lobotomizados TV
Compra, vota, hipoteca-te,
legitima esta barbárie,
fecha os olhos para nom veres
o genocídio, a fame negra,
doenças espalhadas à mantenta
e a sempre negada tortura
dos generais que inçam o mundo
de morte prematura.
Toma um quinto, vai à disco,
Estuda, choia e cumpre co fisco.
Rapaz: fai-te milico ou picoleto
para cobrares
e ter um carro guapo
que te eleve a macho dominante.
Rapariga: nom opines,
enfeita-te para seducires
o teu macho dominante.
Sê como elas, e nom penses,
que isso é de raras quatro-olhos.
Esforça-te, pisa, ascende e chega longe,
tés de ser melhor do que o vizinho
ao que saúdas com desleixo
-como para te fiares dos estranhos-
Ti és ti, nom creias no sujeito colectivo
"Os demais som os demais, melhor que morram
e fique eu só no mundo".
Que fermosos som os homes e as mulheres dos anúncios,
que mal soa o galego,
que pailám o que vive longe da cidade.
Rubide como hedras nos valados,
melhorade até chegar a funcionários,
que eu quando me canse marcho.
(De Cartafol de poesia 07; A Cançom do Sumidoiro)
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1 comentário:
Hehe, está mui bem o poema. Concordo em todo, mas eu nom sei se quero ser funcionária, mas curraria igual para papi estado ou concelho de tal ou empresa capitalista de qual, quase seguro.
:P
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