quinta-feira, 1 de novembro de 2007

.

.

À beira da artéria
ficava o moinho.
No monte a moa latejante,
cadaquém a aguardar a sua quenda.
Pegadas de pés espertos,
pálpebras que som contras
de janelas cansas.
Ocas e murchas, sem compás nem leme
sonhando que sonham que morrem.
Efémeros socalcos na terra,
caminhos mergulhados no podre,
regos de águas esvaídas.
Passárom os anos, os regimes.
As hedras cobrírom os chanços
ninguém barbeou a silveira
da face dura de antano.

E eu só queria moer !


(De Estadea)

Sem comentários: